Ao contrário do que o senso comum aponta, o sonho da casa própria é um dos principais objetivos desse público
O famoso sonho da casa própria é um dos desejos mais frequentes na vida dos brasileiros, de uma forma geral — algo que também considera o público jovem adulto. É o que mostra o Censo de Moradia, realizado pelo Instituto de Pesquisa Datafolha encomendado pela startup Quinto Andar.
Segundo a pesquisa, 91% dos entrevistados com idade entre 21 e 24 anos disseram sonhar com o imóvel próprio. Enquanto o sonho não se realiza, porém, existem aspectos que são decisivos no momento da escolha de onde viver. Poder ter acesso a um aplicativo que disponibiliza bicicleta barata pode ser um incentivo, por exemplo.
Por outro lado, isso implica a necessidade de ciclovias no entorno de onde se pretende morar. A mobilidade urbana, assim como outras questões semelhantes, estão entre os fatores determinantes para a escolha da moradia para esse público mais jovem, como você vai ver a seguir.
Mudanças na percepção da moradia pelos jovens
De acordo com o Censo de Moradia, que ouviu 3.186 pessoas com idade superior a 21 anos em todo o Brasil, em uma escala de 0 a 10, a nota de importância da casa própria para os entrevistados foi de 9,7, número semelhante a ter uma profissão, ter uma família (9,4), um carro (8,5), filhos (7,9) e casar (6,9).
O primeiro aspecto que chama a atenção na pesquisa, divulgada em fevereiro de 2022, é a quebra do senso comum de que os jovens não teriam entre os seus objetivos principais a casa própria. Para 91% desse público, esse seria um dos seus principais sonhos, ao passo que a média geral é de 87%.
Isso pode ter a ver com diversos fatores, como a busca pela independência, a saída da casa dos pais ou a busca por um imóvel partilhado (a exemplo de uma república) para viver sozinho e até mesmo o início de um relacionamento a dois — união esta que não implica necessariamente na existência de filhos.
Ao mesmo tempo, existem diferentes aspectos que precisam ser considerados na hora de escolher o lugar para se viver — independentemente dele ser a casa própria ou um imóvel alugado.
Transporte
O público jovem tende a se locomover de maneira menos tradicional, optando pelo uso de ônibus, carros por aplicativos, metrô e bicicleta. Sendo assim, é preferível que o imóvel onde ele pretende morar fique bem localizado, permitindo a integração desses diferentes meios de transporte.
Proximidade do trabalho
Não podemos esquecer da questão da proximidade do trabalho, considerando que, nos grandes centros urbanos, isso é o que mais consome o tempo das pessoas em geral. Portanto, imóveis próximos da região onde esse público trabalha também tendem a ser mais valorizados.
Homeoffice
A pandemia do novo coronavírus fez com que uma nova modalidade de trabalho fosse popularizada aqui no Brasil: o homeoffice, isto é, a possibilidade de trabalhar em casa. Sendo assim, o imóvel precisa ter espaço para que a pessoa organize-se melhor para desempenhar seu serviço no conforto de casa.
Custo de vida
Outro aspecto determinante na escolha do imóvel é o custo de vida de cada lugar. Nas grandes capitais, como São Paulo e Belo Horizonte, morar na região central implica em pagar mais no aluguel, na alimentação e nos serviços. Portanto, é preciso pôr na balança o que é mais viável para o seu bolso.
Tamanho do imóvel
Em se tratando do tamanho do imóvel, a tendência é a escolha por imóveis com áreas menores, de até dois quartos e um banheiro. Modelos mais compactos são uma excelente opção, especialmente para quem mora sozinho. Há também imóveis mais novos que oferecem serviços como lavanderia compartilhada.